Rituais fúnebres são comuns desde a antiguidade. Na Idade Média já era comum a prática do velório, por exemplo. O objetivo era verificar o real estado do falecido, certificando-se da morte. Mais tarde, se tornou um costume. Nesse contexto, as religiões também criaram suas cerimônias fúnebres e têm suas próprias práticas. Você sabe quais são? Neste artigo, a Central Santa Casa apresenta ritos de 4 delas. Confira abaixo e saiba mais!
O que são cerimônias fúnebres?
Rituais, ou cerimônias fúnebres, são momentos de despedida praticadas pela família e amigos de um ente querido falecido. Desde dar coroas de flores, até realizar um velório para a pessoa que se foi, essas são práticas comuns do momento. Porém, cada religião tem seu próprio costume. Dessa forma, é importante respeitar o processo de cada crença e pessoa.
Qual a finalidade dos rituais fúnebres nas religiões?
As cerimônias fúnebres são praticadas nas religiões, como em diferentes culturas como forma de admitir a perda de alguém e iniciar um processo de luto e aceitação. Além disso, possui simbolismos, como momentos de mudança na vida. Assim, os que ficam passam por esse processo para poder, então, prosseguir e seguir em frente.
Conheça as cerimônias fúnebres nas principais religiões
1- Catolicismo
O catolicismo é uma das principais religiões praticadas no Brasil, sendo uma das mais presentes no país. No funeral, entre as práticas fúnebres mais comuns, temos o velório e o enterro. Basicamente, o velório é o momento que acontece de forma anterior ao sepultamento. Na ocasião, familiares e amigos do falecido se apresentam no local, onde o caixão fica exposto, para se despedir do morto. Serve para dizerem suas últimas palavras, trocar memórias com as pessoas presentes, entre outros. Existem 3 itens costumeiramente presentes nesse processo:
- incensos, representam a veneração;
- água, que funcionam como uma forma de rememorar o batismo, como o início de um novo ciclo;
- velas, simbolismo da vida, que se queima.
Depois, ocorre o enterro ou sepultamento. Resume-se ao momento em que o corpo, dentro do caixão, vai para baixo da terra. As tradições da religião dizem que há um prazo de até 24h após o falecimento para que seja feito.
2- Judaísmo
O judaísmo é outra religião que se encontra entre as mais praticadas no Brasil. Nessa, a morte não é encarada como uma tragédia, mas sim como um processo natural, que todos irão viver um dia. As cerimônias fúnebres da religião começam logo após o falecimento. Quando ocorre a morte, o corpo é enviado a uma pessoa especializada da comunidade judaica, que irá purificá-lo por meio de rituais, antes do sepultamento.
Para o velório, o corpo do falecido no judaísmo costuma ser vestido com uma túnica branca. Assim, é colocado para uma espécie de exposição na casa de quem faleceu, para que familiares e amigos possam se despedir. Porém, como costume judaico, o falecido fica ali por sete dias, na cerimônia chamada de shivá.
3- Espiritismo
Por sua vez, o espírita está em uma religião em que não se acredita na morte. Para os adeptos à religião, o corpo físico é apenas um receptáculo, onde o espírito se aprimora durante as reencarnações. Assim, embora os espíritas velem os seus mortos e os enterrem, suas cerimônias fúnebres precisam ser marcadas pela calma.
Acredita-se, também, que o espírito leve cerca de 72h para deixar o corpo. Assim, se ocorrer cremação, é preciso esperar esse tempo. Mas, se a família optar pelo sepultamento, o procedimento pode ser realizado no mesmo dia.
4- Candomblé
Por fim, apresentaremos as cerimônias fúnebres de uma das principais religiões de matriz africana: o candomblé. Em sua visão, a morte é apenas a continuidade de um ciclo. Por conta disso, ainda que o corpo material deixe de existir, o espírito permanece vivo.
Na prática candomblecista, quando a pessoa morre é realizado o Axexê. Primeiramente, o corpo é preparado para assegurar a libertação do espírito e essa etapa é realizada na casa do pai ou da mãe de santo responsável pelo terreiro. Depois desse período, ocorre o velório, no qual acontecem os cânticos, que servem para convidar ancestrais para receber o novo espírito (chamado de Egum). Feita essa etapa, o corpo (Ará) é liberado para ser sepultado.
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